Olá caros leitores
Como líder do Ministério de Louvor e Adoração de nossa igreja (IBC MARTINS/RN), ultimamente tenho ouvido muitos hinos de diversos cantores ou ministérios de adoração em busca de louvores novos para nosso grupo. Geralmente ouço os hinos e acompanho a letra observando o que ela tem a dizer e se condiz com as escrituras sagradas.
Infelismente um fato que tenho observado é que a maioria dos louvores que cantamos hoje são "antropocêntricos". ( Do dicionário Lexico on line: adj. Diz-se do systema philosóphico, segundo o qual o homem é o centro de todo o universo, sendo-lhe por isso subordinadas todas as coisas e para elle criadas. Cf. Latino. Or. da Corôa, CXXXV.).
As rimas mais comuns que tenho observado reivindicam bençãos, vitórias em qualquer batalha, e querem mostrar que o homem é uma espécie de super heroi, que pode qualquer coisa desde que seja em nome de Deus. O que me chama muito a atenção é que muitos hinos pedem para que Deus "devolva" algo que foi tomado ou algo que foi perdido, que abra as portas do céu para que as bençãos caiam em abundancia.
Surgem ai algumas indagações: Quem somos nós? Para que nascemos? Sabemos nós realmente o sentido da palavra "SERVOS"?
Parece mais que queremos ser servidos.
Nada contra as canções; são poeticamente belíssimas e os arranjos estão cada vez mais ricos e sofisticados. Porém ao lermos os salmos do Rei Davi, um homem que de acordo com a Biblia era "segundo o coração de Deus", ficamos envergonhados, pois Davi chegava até Ele, em adoração ou oração, na postura e atitude de servo, pecador e desprezivel homem a busca de misericórdia.
Vejamos algumas passagens dos salmos:
- Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei. (salmos 5:2)
- Tem misericórdia de mim, SENHOR, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão perturbados. (salmos 6:2)
- Eu te louvarei, SENHOR, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. (salmos 9:1)
- Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó SENHOR, segundo o teu juízo. (salmos 119:149)
- Tenho desejado a tua salvação, ó SENHOR; a tua lei é todo o meu prazer. (salmos 119:174)
- Na minha angústia clamei ao SENHOR, e me ouviu. (salmos 120:1)
- Eu te louvarei, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores. (salmos 138:1)
- Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome. (salmos 138:2)
Em todas as referências citadas, Davi se apresenta ao Senhor na condição de servo. Ele pede misericordia, que o Senhor se incline a ele (atitude de pessoa pequena perante Deus), engrandece o Seu nome e deixa clara a sua certeza sobre a Grandeza, Poder e Superioridade de Deus.
A verdade é que nossos louvores, NÃO TODOS, dão a entender que Deus tem algo que nos pertence e que precisa ser devolvido, que as benção já são nossas e que só precisam ser derramadas. E que podemos ser felizes aqui nessa terra se pedirmos insistentemente a Deus.
O que quero deixar plantado no coração dos leitores é que devemos lembrar que fomos criados para Louvar ao Senhor, e que a morte de Jesus Cristo na cruz do calvário nos garantiu uma eternidade nos céus. Lá sim, não haverá sofrimento nem dor nem e pranto.
Meditem:
- Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas. (salmos 34:19)
- Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. ( 1 Pedro 2:19)
- Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação é; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; (Coríntios 1:6)
Deus é que deve ser o Centro de nosso Louvor, toda a honra e glória deverão ser dadas a Ele, nós somos pó, viemos do pó para Seu louvor. Devemos, "curvar os joelhos" de nosso coração e oferecer as nossas vidas para o Seu ministério. Cumpramos o IDE!
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15
Esdras F. Oliveira
